O dólar fechou a R$ 6 nesta sexta-feira (29) e, pelo 3º dia seguido, renovou o recorde de maior valor nominal. A moeda acumulou alta de 3,21% na semana e de 3,79% no mês. No ano, a valorização é de 23,66%.
Nesta semana, a cotação do dólar foi influenciada pela discussão sobre o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo.
O mercado reagiu mal porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, junto com o corte, uma proposta para dar isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Com isso, a moeda chegou a bater R$ 6,1156 na máxima desta sexta-feira. Entenda o pacote de cortes ao final desta reportagem.
Nesta sexta, declarações dos presidentes da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ajudaram a atenuar o nervosismo entre os investidores. Ambos deixaram claro que a prioridade no Congresso será votar as propostas para cortar gastos. As discussões sobre mudanças no IR ficarão para depois.
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Além do cenário fiscal, investidores também reagiram aos dados de emprego divulgados na manhã desta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego caiu a 6,2% no trimestre terminado em outubro, no menor patamar da série histórica do indicador, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.